Resenha do Livro: Selva de Batom

 Faz tempo que não resenho algum livro não? Vamos ver se eu ainda sei fazer isso rsrs 

  Selva de Batom é um livro escrito pela mesma autora de Sex and The City, que ficou mundialmente famoso por sua adaptação em série e filme. Lipstick Jungle, em seu titulo original, também ganhou uma pequena série, menos popular de 2 temporadas. Foi assim, na Fox, que eu conheci sua existencia, a muitos anos atrás para ter maturidade suficiente para ver esse tipo de conteudo. Achei o livro em um sebo e a lembrança dos comerciais e algumas cenas que acabei pegando acenderam minha curiosidade, até porque é um livro único, sem ter que me preocupar com outros volumes. 


  A história é focada em três mulheres de sucesso novaiorquinas. Victory, uma estilita de sucesso com a própria empresa, não é um grande marca, mas é uma empresa admirável sendo que ela a construiu do 0. Wendy, uma produtora de cinema, casa, com três filhos. E Nico, editora-chefe de uma importante revista. 

  A vida segue com suas ambições e obstáculos vão aparecendo no caminho. Victory quer expandir sua empresa para o mercado internacional, mas passa por um obstaculo quando seu desfile de moda é declarado um fracasso nas criticas. Em sua vida pessoal, é uma solteirona sem qualquer planos para filhos. Wendy é presidente da Parador Pictures, uma famosa produtora e está para lançar o filme que pode alavancar sua carreira. Porém tem que lidar com um marido mimado, que precisa sustentar e anda tem crises de ego e carência. 

   Nico de todas, ao meu ver, é a mais estável. Possui uma filha que mal aparece mas é bastante simpática e madura, seu casamento, não possui fogo a anos, mas ela e seu marido, um banqueiro aponsentado, que dá aulas em faculdade e cria cães de raça por hobby, se respeitam e se ajudam profissionalmente, Nico almeja chegar no topo da empresa. O primeiro passo era passar de editora chefe de uma revista para presidente de toda a editora, que faz parte de um comglomerado de midia ainda maior. Com seu marido e suas amigas, eles planejam as etapas de sua ascensão como estrategias para angariar resultados e agradar ao chefão e derrubar seu chefe direto. O único diferencial em sua história e que ela descola um amante. Kirby, um jovem modelo, não muito inteligente, que, assim como vários outros, quer ser ator. 

  A parte de Nico acaba sendo a mais entediante, apesar de todo jogo alá Game of Thrones que ela precisa fazer para se dar bem na empresa, ponderar, filosofar até que ponto ela precisa chegar, fazer coisas detestáveis como puxar o tapete dos outros, seu caminho percorre praticamente perfeitamente. O caso com o amante Kirby, é sem graça, fazendo-o aparecer umas três no máximo. Na verdade a unica coisa que me chamou a atenção, e não de uma forma positiva. É como a autora consegue descrever a cena as cenas de sexo deles bem no estilo pornô que me lembrou Silvia Day. Algo que eu não esperava, já que apesar do livro ter temática adulta, não é erótico. 

  Victory para mim foi a mais divertida, diferente das outras, ela é mais "livre", empresa própria, solteira. E possui um pensamento mais próximo das mulheres modernas. Ela, como Nico descreve, é uma criativa e não corporativista. Durante o livro vemos vários fracassos e sucessos dela. Ela é bem menos convencional com as outras. No meio disso ela descola um namorado, Lyne Bennet, um homem bilionário, podre de rico, extremamente mimado e egocêntrico. Ela acha o tipinho insuportável, mas acaba dando chances e sai um relacionamento bem gato e rato. O legal do surgimento do Lyne na história, é que até então a gente pensa que essas mulheres tem a vida ganha, já são pode de ricas, parece até futilidade pensar que elas possuam preocupações. Mas Lyne mostra que existe uma enorme diferença entre ter alguns milhares e alguns bilhões. 

  Wendy por outro lado, era protagonista dos momentos que eu mais detestava. Seu marido, Shane, é, a curto e grosso, um escroto. Um homem mimado, que além de não fazer nada da vida é extremamente fútil e insatisfeito com tudo. Suas cenas são odiosa desde os primeiros chiliques até o divorcio.

  Falando da trama em si. Dei 2 Estrelas no Skoob. A escrita é fraca, muitos pulos temporais, parece falta de disposição ou criatividade de discorrer diálogos. Quando você chega ao fim do livro, não entende como tudo aqui precisou de tantas páginas, muita superficialidade. Todos os problemas são, literalmente, resolvidos com um salto de tempo de seis meses entre o penúltimo e ultimo capitulo. E tudo termina maravilhosamente bem e perfeito para todas, num mar de rosas, magicamente.

  Agora quanto a estão da trama, a palavra que penso é essa mesma, superficial. É uma obra pseudo-feminista, que quer retratar mulheres independentes e fortes, mas que dá para colocar várias problemáticas. A autora parece achar que mulheres se tornam apenas independentes se forem financeiramente bem sucedidas. E também parece achar que só se resolve problemas com poder e dinheiro. As personagens não saem de esteriótipos comuns e muitas vezes reformam clichês patriarcais, quando a autora tenta desesperadamente fazer o contrário. Durante várias cenas, principalmente entre Lyne e Victory, que ainda por cima ficam juntos por pura facilitação de roteiro, tem diálogos desnecessários e clichês de guerrinhas de gêneros. E basicamente o livro gira em torno disso. 

  Devo admitir, porém, que possui um ponto positivo, a curiosidade e a escrita, apesar de me incomodar várias vezes, me prendeu. Mas naquelas, me prendeu por eu estar esperando algo, esperando algo, esperando algo. E nada acontecer. 


Fotos por Etc & Tal Livraria

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