[Creepypasta] Conversa pelo Facebook

Olá pessoas, dando continuidade as creepys, vim deixar mais uma para vocês, é apenas um conto, mas achei bonitinho.


Conversa pelo Facebook

  Eu conheci James Vickers quando tinhamos cerca de 12 anos. Eramos vizinhos de porta, e eu costumava ir lá fora ao meu quintal jogar futebol sozinho, chutanto contra o muro. Foi assim que conheci James. Demorei um pouco para perceber seu rostinho de óculos olhando para mim da janela de seu quarto. Quando o vi, acenei para ele. Ele acenou de volta e abriu a janela para conversar comigo.
  Falamos sobre muitas coisas: interesses, comida, jogos, todo tipo de coisa. Perguintei se ele gostaria de descer no meu quintal para jogar comigo. Ele recusou educadamente dizendo que ele havia sofrido terrivelmente com asma, dentre outras doenças, e que seus pais não o deixava sair de casa nem permitiam visitas. Ele me perguntou se tinha conta no Facebook, dizendo que gostaria de me adicionar para mantermos contato.
  Mais tarde aceitei o petido de James e, a partir daí, ficamos conversando. Desse dia em diante, nossa amizade progrediu dessa maneira. Eu ia para escola de manhã e assim que chegava em casa ia direto para o Facebook para falar com James. Foi assim durante 5 anos. Infelizmente, porém, as doenças de James foram ficando cada vez mais fortes.
  Até que um dia, o inevitavel aconteceu. Eu não havia falado com James no Facebook durante muitos dias. Até passava algum tempo no jardim, esperando que ele abrisse a janela e me deixasse saber que ele estava bem. Ele nunca o fez. Ao invés dsso, seu pai veio até a minha casa numa noite de sábado e me entregou um pequeno convite para um funeral. "Ele nos disse sobre o quanto vocês dois tinham em comum" ele me disse "Você era seu único amigo, que saibamos"
  O funeral foi tocante. Eu fiz o meu melhor para segurar as lágrimas, mas perdi o controle quando "Fields of Gold", sua música favorita, começou a tocar equanto levavam o caixão. Depois do funeral, anda vestido de terno, decidi pegar uma cerveja e minha velha bola e sai para brincar um pouco no mesmo jardim onde conheci James, em sua homenagem. Senti-me estranho ao saber que a sala que ele usou para falar comigo pela primeira vez agora estava vazia e desocupada.
  Mas por mais triste que me senta, seu sabia que ele estava em um lugar melhor agora. Um lugar onde suas aflições não iriam mais incomodá-lo. Porém, sua morte tinha chegado tão de repente que o funeral simplesmente não tinha feito com que a ficha caisse para mim. Talvez eu precisasse de algum tipo de "fechamento", apenas para ter certeza de quem James realmente havia partido, e não iria voltar. Então, naquela mesma noite, entrei no Facebook, abri a janela de conversa com James e digitei "Olá James". Nesse momento percebi o quanto estava me sentindo bobo, e prontamente me levantei e fui me deitar na cama. Acabei nem fechando a janela do Facebook.
   Então algo arrepiante aconteceu. A única luz acesa no quarto era a da tela do computador, e quando olhei para ela, na janela da conversa de James ainda aberta, lia-se "James está digitando... "

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